quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Criança e consumo

O Instituto Alana é uma organização sem fins lucrativos, criada em 1994. Tem como missão fomentar e promover a assistência social, a educação, a cultura, a proteção e o amparo da população, visando a valorização do homem e a melhoria da sua qualidade de vida, conscientizando-o para que atue em favor de seu desenvolvimento, do desenvolvimento de sua família e da comunidade em geral, sem distinção de raça, cor, posicionamento político partidário ou credo religioso. O Instituto possui três projetos: o Espaço Alana, o Centro de Formação e o Projeto Criança e Consumo.
Índice

O Espaço Alana nasceu junto com o Instituto, em 1994. Desenvolve projetos socioeducativos e atende a população do Jardim Pantanal, onde residem cerca de 5.400 famílias com um dos piores índices de qualidade de vida do município de São Paulo. São quatro núcleos de atendimento – CEI, Nureca, NIP e NAS. No CEI (Centro de Educação Infantil) foram atendidas 230 crianças da região, de 0 a 4 anos de idade, em 2009. No mesmo ano, o Nureca (Núcleo de Recreação e Cultura) promoveu atividades e oficinas diariamente para 342 alunos de 6 a 15 anos. O NIP (Núcleo de Iniciação Profissional) teve 1.300 alunos matriculados no ano e o NAS (Núcleo de Assistência Social) fez milhares de atendimentos em diversas áreas.
Em 2007, professores do Nureca reuniram alunos das aulas de música para criar a Banda Alana. O grupo é formado por adolescentes entre 10 e 21 anos, todos moradores no Jardim Pantanal, que ensaiam duas vezes por semana. A banda faz apresentações em teatros, instituições, congressos e premiações. O repertório inclui funk, soul, pop rock, cirandas, maracatus, caboclinho, salsa, MPB e ijexá, entre outros. O projeto tem orientação das professoras e musicistas Silvanny Rodriguez e Adriana Biancolini.
[editar]Centro de Formação
Criado em 2007 para aprimorar a formação dos professores do Espaço Alana, o Centro de Formação ampliou seu atendimento para educadores da rede pública e conveniada da região de São Miguel Paulista e Itaim Paulista – ONGs, como o Alana, que atendem crianças no sistema formal de ensino em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. O Centro é direcionado a educadores, coordenadores e diretores de escola. A grande procura pelos cursos nos faz acreditar na importância de investir cada vez mais na formação continuada. Em 2009, os cursos foram ministrados para a formação de 241 professores.
Projeto Criança e Consumo
O Projeto Criança e Consumo foi criado em 2006 para desenvolver atividades relacionadas ao consumo infantil e a hábitos não saudáveis de crianças e adolescentes. O trabalho consiste em um esforço para conscientizar a sociedade brasileira sobre o assunto, com especial atenção ao debate sobre os impactos da mídia e do marketing no desenvolvimento infantil. Nesse sentido, a principal bandeira do Criança e Consumo é regular a comunicação mercadológica e a publicidade dirigida ao público infantil. Entre alguns dos problemas dos investimentos maciços na mercantilização da infância e da juventude estão o consumismo, a erotização precoce, a incidência alarmante de obesidade infantil, a violência na juventude, o materialismo excessivo e o desgaste das relações sociais.
[editar]Atuação
O Criança e Consumo trabalha em três áreas, de forma interdisciplinar: Jurídico e Advocacy, onde a equipe analisa queixas de abusos, elabora notificações e representações, e acompanha as discussões no Poder Público para a elaboração de políticas públicas no sentido de proteger os direitos da criança no que tange o consumo; Educação e Pesquisa, que é um centro de referência científico-cultural sobre o consumismo, além de produzir e distribuir material de apoio pedagógico para pais, educadores e pesquisadores; e Comunicação e Eventos, no qual são elaboradas campanhas audiovisuais de conscientização e de documentários sobre questões ligadas a infância e consumo e também promovidos eventos, como debates e o Fórum Internacional Criança e Consumo.
Fórum Internacional Criança e Consumo
Realizado a cada dois anos pelo Projeto Criança e Consumo, o Fórum Internacional Criança e Consumo é um espaço de discussão sobre as questões relacionadas a consumo, infância e mídia. Já foram realizadas três edições do Fórum, em 2006, 2008 e 2010. A primeira edição, em março de 2006, debateu os temas consumo infantil e o papel da televisão. O evento contou com palestrantes internacionais, como Susan Linn, professora de psiquiatria de Harvard e autora do livro “Crianças do Consumo – A Infância Roubada”, e Fernando Hernandez, educador espanhol da Universidade de Barcelona. Já a segunda edição do Fórum promoveu debates entre diferentes acadêmicos e pesquisadores brasileiros, como Yves de La Taille e Ladislau Dowbor, e especialistas internacionais, como Cecilia von Feilitzen, coordenadora do International Clearinghouse, principal observatório das relações entre mídia e infância. As mesas debateram “Educação, Consumo e Infância” e a “Sociedade do Consumo”. Em 2010, na sua terceira edição, o encontro propôs uma reflexão mais ampla de como a violação dos direitos da criança e o hiperconsumismo desencadeiam problemas ambientais, econômicos e sociais. Também foi contemplada a diminuição das brincadeiras criativas, essenciais ao desenvolvimento humano. O 3º Fórum foi realizado com três mesas de debate: "Honrar a Infância", "Refletir o Consumo" e "Brincar" com profissionais e pesquisadores de diversas áreas, entre eles o cientista político norte-americano Benjamin Barber, autor de “Consumido – Como o mercado corrompe crianças, infantiliza adultos e engole cidadãos”.
Conselho do Projeto Criança e Consumo
O Conselho Consultivo do Projeto Criança e Consumo é formado por Ana Olmos, Clóvis de Barros Filho, Flávio Paiva, Inês Silvia Vitorino Sampaio, João Lopes Guimarães Junior, José Augusto de Aguiar Carrazedo Taddei, José Eduardo Elias Romão, Ladislau Dowbor, Marcelo Sodré, Pedrinho Arcides Guareschi, Rachel Biderman, Solange Jobim e Souza, Vidal Serrano Júnior, Yves de La Taille e Zico Góes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Alana#Projeto_Crian.C3.A7a_e_Consumo

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